Operação da PF mira vereador Carlos Bolsonaro em investigação sobre abuso de poder na Abin
Em uma ação realizada na manhã desta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) intensifica suas investigações sobre possíveis irregularidades na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador e filho do ex-presidente, é um dos principais alvos desta operação, que também inclui assessores do político.
Conforme informações divulgadas, a PF executou mandados de busca e apreensão na residência de Carlos Bolsonaro e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O vereador, até o momento, não se manifestou publicamente sobre as ações em curso.
Esta ofensiva da PF contra Carlos Bolsonaro ocorre em um contexto de investigações ampliadas. Apenas quatro dias atrás, a operação denominada “Vigilância Aproximada” teve como foco Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro. Na operação realizada na última quinta-feira (25), foram apreendidos seis celulares e dois notebooks de Ramagem, incluindo buscas em seu gabinete na Câmara dos Deputados.
A “Vigilância Aproximada” é um desdobramento da “Operação Última Milha”, iniciada em outubro de 2023 para investigar o uso ilegal da ferramenta FirstMile. A Polícia Federal, em nota, afirmou que os suspeitos teriam montado “uma estrutura paralela dentro da Abin”.
Segundo a PF, o grupo sob investigação utilizou recursos e serviços da agência de inteligência do Estado para fins ilícitos, incluindo a produção de informações com objetivos políticos e midiáticos, obtenção de vantagens pessoais e interferência em investigações federais.
Bolsonaro e filhos saíram de lancha antes da PF chegar em Angra
A reportagem apurou que o ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) deixaram a casa em uma lancha momentos antes do cumprimento do mandado, na manhã desta segunda-feira (29/1).
Essas buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A PF suspeita que Carlos recebia dados de um esquema ilegal de espionagem dentro da Abin, na gestão do delegado Alexandre Ramagem, e fontes ligadas à investigação chegaram a dizer que o equipamento.
São cumpridos mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira (29/1) mirando o núcleo político beneficiado pela chamada “Abin paralela” de Bolsonaro.
Entre os endereços visitados pela PF, estão a residência de Carlos e o gabinete do vereador na Câmara do Rio de Janeiro, além da casa de praia da família Bolsonaro em Angra dos Reis. Agentes da PF estiveram no gabinete de Carlos entre as 7h e 9h, acompanhados por seguranças da Casa e um assessor parlamentar.
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