Família Sepulta Ente Querido sem Respostas sobre sua Trágica Morte no Centro Prisional de Colatina

Família Sepulta Ente Querido sem Respostas sobre sua Trágica Morte no Centro Prisional de Colatina

Uma família de Baixo Guandu está abalada por um episódio de negligência e falta de transparência, desta vez envolvendo a Secretaria de Justiça. A morte de Paulo Sérgio Cartegiane da Silva Moreira, de 44 anos, dentro do Centro Provisório de Colatina, após ser autuado por dirigir embriagado, levanta sérias questões sobre os procedimentos adotados pelas autoridades.

Os familiares do falecido, moradores do interior de Baixo Guandu, expressam indignação pela falta de esclarecimentos sobre a causa da morte. A situação torna-se ainda mais preocupante diante da recusa do médico do hospital em fornecer o laudo médico, justificando que Paulo Sérgio havia chegado ao hospital já sem vida, além do fato de a polícia civil só ter sido acionada após a remoção do corpo para o hospital.

Eles relatam que, durante o enterro, o corpo de Paulo Sérgio apresentava vários hematomas. A irmã do falecido, Nislei Augusto Moreira Schwe, afirma que as lesões não condiziam com o estado inicial após o acidente automobilístico que levou à prisão do homem. Além disso, um dos irmãos da vítima, Wilson Moreira, entrou em contato com a nossa equipe do Notícias Espírito Santo sobre lesões no pescoço na área da nuca, pulso roxo, entre outros. Importante destacar que a vítima ainda se encontrava na cela de triagem da unidade prisional.

O relato de internos que já passaram pelo sistema prisional de Colatina revela que dentro da unidade prisional existe uma enfermaria e não um posto médico, como afirma em nota a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), pois o médico não permanece na unidade durante a noite, deixando apenas uma ou duas técnicas de enfermagem para atender as necessidades dos detentos.

Ainda nessa nota, a Sejus informa que Paulo Sérgio teve uma crise na cela, sendo socorrido à Unidade de Saúde do Sistema Penal, mas não resistiu. A família contradiz essa versão, destacando que o falecido não tinha problemas de saúde e nunca havia tido crises anteriormente.

A Polícia Civil, aguardando os resultados dos exames, mencionou que a instauração de inquérito dependerá do laudo cadavérico, cujo prazo é de 10 dias, podendo ser prorrogado. O procedimento foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina.

A comunidade de Baixo Guandu exige respostas transparentes e imediatas da Secretaria de Justiça diante dessa trágica situação, que levanta preocupações sobre os protocolos adotados em casos de óbito em instituições prisionais.