Incaper fez 73 mil atendimentos de assistência técnica e extensão rural em 2023
Dia de Campo foi um dos métodos utilizados para transferência de conhecimentos
Em 2023, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizou 73.862 atendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em todo o Espírito Santo, 6% a mais que em 2022.
Por meio dessas ações, soluções tecnológicas e sociais geradas pela pesquisa agropecuária e conhecimentos técnicos foram repassados aos produtores rurais, contribuindo para melhorar a vida das famílias no campo, desenvolver as cadeias produtivas e aperfeiçoar as técnicas de produção de alimentos no Estado.
As atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural alcançaram 36.797 beneficiários, dos quais 27.161 são agricultores familiares. Assentados, quilombolas, indígenas e pescadores artesanais somaram 1.717, enquanto produtores de outros portes totalizaram 1.768.
Também foram beneficiados, com 6.151 atendimentos, artesãos, associações, colônias de pescadores, comitês, conselhos, cooperativas, estudantes, representantes de ONGs, sindicatos e técnicos de outras instituições.
Principal atividade agrícola do Espírito Santo, presente em dois terços das propriedades capixabas, a cafeicultura foi a que mais teve produtores assistidos, com 49% do total. Em seguida, estão fruticultura (15%), bovinocultura (10%), olericultura (6%) e agroindústria (4%).
Atendimentos presenciais e visitas técnicas foram os métodos mais realizados pelos extensionistas do Incaper. Atendimentos remotos, cursos, dias de campo, oficinas, elaboração de projetos, reuniões encontros, palestras e seminários também foram muito utilizados.
O diretor técnico do Incaper, Antonio Elias de Souza, destaca que o serviço de extensão é fundamental para a promoção do desenvolvimento rural, pois considera a pluriatividade das famílias rurais e a multifuncionalidade da agricultura, o que permite a introdução de novas atividades, a diversificação cultural e a diversidade das fontes de renda no campo.
“O Incaper tem um modelo compartilhado de pesquisa aplicada e extensão. Enquanto o serviço de pesquisa busca soluções tecnológicas e sociais para resolver problemas das atividades desenvolvidas no campo, o serviço de extensão rural socializa essas soluções para melhorar o trabalho das famílias rurais”, explica Souza.
Ainda de acordo com o diretor técnico, a convivência dos extensionistas com as famílias rurais possibilita um processo dialógico e participativo, que facilita a socialização dos conhecimentos gerados e até mesmo a construção de novos conhecimentos para a promoção do desenvolvimento rural do Estado.
O diretor-presidente do Incaper, Franco Fiorot, ressalta que os extensionistas do Instituto atuam em todo o território capixaba, o que coloca o Espírito Santo em posição de destaque no cenário da Ater pública no País.
“Essa capilaridade é um diferencial do nosso Instituto e nos permite fazer esse grande volume de atendimentos, gerando resultados e entregas muito relevantes para a sociedade capixaba. Produtores rurais assistidos com a Ater produzem mais e melhor, têm acesso às políticas públicas voltadas para o setor e alcançam melhores condições de vida. Aliada à pesquisa, a Ater é estratégica para dar celeridade ao desenvolvimento rural do nosso Estado”, avalia Fiorot.
Apoio para evolução
Para a produtora Leila Sá, de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, a assistência prestada pelo Incaper em 2023 foi decisiva para a aposta em uma forma mais sustentável de cultivo do café conilon. Com o apoio de extensionistas que atuam na região, ela iniciou as medidas para implantar um sistema agroflorestal (SAF) na propriedade, localizada no distrito de Itaoca.
“Estou tendo orientação em todas as etapas: planejamento, escolha das espécies nativas que serão consorciadas com o conilon, análise do solo, entre outras. Nossa intenção é implantar uma unidade de pesquisa participativa para ajudar a disseminar essa forma de produção aqui na região. Contamos com o suporte dos extensionistas do Incaper há anos e, nesse novo momento, eles também estão sendo fundamentais”, avalia Leila Sá
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