Projeto de Lei na CCJ da Câmara dos Deputados Garante Terapia Nutricional para Pessoas com TEA

Projeto de Lei na CCJ da Câmara dos Deputados Garante Terapia Nutricional para Pessoas com TEA

A proposta faz parte da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um novo projeto que visa assegurar terapia nutricional adequada para pessoas diagnosticadas com algum transtorno do espectro autista (TEA). A medida, proveniente do Projeto de Lei 4262/20, é de autoria da deputada Maria Rosas (Republicanos-SP) e da ex-deputada Aline Gurgel. O relator, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), votou pela constitucionalidade do projeto.

O projeto propõe a inclusão de um dispositivo na Lei que estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei 12.764/12). Segundo o texto aprovado, o direito à nutrição adequada e à terapia nutricional abrange todas as ações de promoção, proteção e recuperação da pessoa com transtorno do espectro autista, sob o ponto de vista nutricional. Essas ações devem ser realizadas por um profissional de saúde devidamente habilitado, seguindo protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas publicadas pela autoridade competente.

Em entrevista, a nutricionista Érika Mayana destacou a importância da nutrição personalizada para crianças com espectro autista. Ela ressaltou que a abordagem nutricional deve ser individualizada, levando em consideração diagnósticos, necessidades, prioridades e comportamento do indivíduo. A profissional afirmou que é fundamental que os nutricionistas recebam seus pacientes autistas de braços abertos, sem julgamentos e com empatia. Além disso, salientou a importância do comprometimento do profissional em respeitar o tempo do paciente e sua prontidão para mudanças.

A análise do projeto na CCJ tem caráter decisivo, a menos que haja recurso para levá-lo ao Plenário da Câmara. Nesse caso, a proposta seguirá para o Senado após a votação pelo Plenário da Câmara dos Deputados. A expectativa é de que a iniciativa contribua significativamente para o suporte nutricional adequado a indivíduos com TEA, promovendo uma melhor qualidade de vida para essa parcela da população.