Unidade prisional de Linhares fabrica mil blocos de concreto diariamente
Cerca de mil blocos de concreto são produzidos por dia na Penitenciária Regional de Linhares (PRL), onde uma fábrica foi montada com o objetivo de oferecer oportunidade de trabalho e qualificação profissional para os internos. A iniciativa é desenvolvida há quatro anos e conta com a parceria de instituições ligadas à construção civil.
Atualmente, 15 detentos trabalham no projeto. Por meio de um acordo de cooperação técnica, a Secretaria da Justiça (Sejus) firmou parceria com o Conselho Interativo de Segurança de Linhares (Consel), que torna possível a comercialização dos blocos produzidos para empresas da construção civil. A venda é realizada com preços mais acessíveis que o mercado local e os recursos obtidos com a comercialização são revertidos para o próprio projeto. Parte dos materiais produzidos também são destinados à doação.
Com essa rede autossustentável a Fábrica de Blocos da Penitenciária Regional de Linhares (PRL) já produziu cerca de 50 mil blocos desde a implantação do projeto. Os materiais também são utilizados em reformas e na manutenção do sistema prisional do Estado. Um exemplo disso é a construção do estande de tiros da Academia da Polícia Penal (Acadeppen) no Complexo de Viana, com a utilização de cinco mil blocos de cimento.
O diretor da Penitenciária Regional de Linhares (PRL), Vinicius Narcizo, explica que o projeto traz benefícios para diversos públicos. “A fábrica de blocos dentro da prisão tem um impacto social positivo, pois promove a ressocialização dos reeducandos ao fornecer uma atividade produtiva e capacitá-los para o mercado de trabalho. É um produto feito com muita qualidade e que tem atraído empresas locais diante do custo-benefício. Além disso, ainda destinamos parte da produção para fazer o bem, como a reforma de diversas entidades sociais que não conseguiriam custear uma reforma. Ajudamos com a matéria-prima e a mão de obra prisional”, disse Vinicius Narcizo.
A produção
Os blocos de concreto são produzidos em três etapas. Na primeira é realizada a mistura de cimento, com agregado e água. Cada tipo de bloco de concreto requer uma proporção diferente de cada um dos itens. Essa combinação é então homogeneizada em um misturador. Após a compactação adequada feita em uma prensa, o bloco é moldado. Em seguida, ele é enviado para o processo de cura. Em um ambiente com temperatura controlada, os blocos ficam até atingirem a resistência ideal e são armazenados até que uma amostra do lote seja testada para aprovar qualidade. Eles devem ser armazenados em locais adequados, separados por tipo, dimensão e resistência, para facilidade no manuseio e para preservar a qualidade e durabilidade do produto.
Fonte: Governo do Espírito Santo
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