Cerimônia de posse do novo Conselho Estadual de Cultura realizada no Palácio Anchieta, seguida de lançamento coletivo do livro

Cerimônia de posse do novo Conselho Estadual de Cultura realizada no Palácio Anchieta, seguida de lançamento coletivo do livro

Integrantes da nova gestão do Conselho Estadual de Cultura (CEC), eleitos para o biênio 2023/2025, tomaram posse nessa segunda-feira (12), durante cerimônia realizada pela Secretaria da Cultura (Secult) no Salão São Tiago, do Palácio Anchieta, em Vitória. O evento, que teve início às 17h, também contou com o lançamento coletivo de livros publicados com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo, por meio dos editais de produção e difusão de obras literárias.

Escolhidos por meio de processo eleitoral, com um titular e dois suplentes para as câmaras de cada área cultural, os novos membros do CEC representarão diversas entidades civis de natureza cultural, como associações, sindicatos, ONGs de setores culturais, bem como os Conselhos Municipais de Cultura.

O CEC é um órgão consultivo vinculado à Secult, sendo responsável por normatizar, deliberar e responder a demandas oriundas da sociedade, procurando integrar as ações de política cultural do Espírito Santo.

Integrando o CEC pela primeira vez, como titular da Câmara de Artes Musicais, a cantora e compositora Eloá Abgail Oliveira Eler falou em nome do conselho e ressaltou que a cultura não deve ser compreendida como mero entretenimento, e sim como uma cadeia produtiva importante, um elo forte da economia que envolve muito trabalho.

Reeleito titular da Câmara de Literatura e Biblioteca, o escritor Álvaro José dos Santos Silva afirmou a importância do conselho por representar os mais diversos setores culturais no processo de construção democrática das políticas públicas, junto com o Governo do Estado, de modo que possam expor seus pensamentos, produzir, participar da gestão e tomar decisões por meio do voto.

O secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, destacou que o CEC, ao longo de décadas, contribui com as políticas públicas culturais do Espírito Santo, seja promovendo a participação social, seja atuando no controle do Estado, cobrando continuidade das ações ou trazendo novas demandas da sociedade.

“Agora temos um desafio especial pela frente, com o retorno do Ministério da Cultura e a expansão das políticas públicas. Este é um momento de consolidar esses avanços e também de receber as boas novas da Lei Paulo Gustavo e da Lei Aldir Blanc 2. É momento também das conferências municipais e estadual de cultura, e depois da conferência nacional, em dezembro. O conselho tem um papel determinante em todos esses processos”, acrescentou Fabricio Noronha.

Obras literárias

Logo após a cerimônia de posse, aconteceu uma sessão de autógrafos com distribuição gratuita de 22 livros contemplados pelos editais de produção e difusão de obras literárias de 2019 e 2020. Abrangendo gêneros diversos, compondo um mosaico de estilos e linguagens, passando por poesia, conto, romance, infantojuvenil, biografia e história, as publicações também serão enviadas para as bibliotecas que compõem o Sistema Estadual de Bibliotecas nos 78 municípios do Espírito Santo.

Representando as escritoras e os escritores presentes, Juliana Alves Martins chamou atenção para a diversidade, com autores de origens, vivências e lutas distintas produzindo obras com temáticas e linguagens plurais. “Hoje estamos aqui porque compartilhamos o mesmo sonho, o de se publicar, que para muitas parecia impossível, mas se tornou real por meio do edital da Secult”, afirmou.

Gabriel Medeiros de Queiroz, que também falou em nome dos demais autores, destacou o reconhecimento da importância da inclusão, a partir do momento em que seu projeto foi contemplado pelos editais. Autor de “O jardim da Helena”, obra infantojuvenil que ensina sinais básicos de animais tanto na Língua Brasileira de Sinais (Libras) quanto na língua portuguesa escrita, ele celebrou o fato de as pessoas surdas poderem se ver representadas em uma obra literária.

O secretário de Estado da Cultura reafirmou a importância dos editais como uma conquista da sociedade capixaba. De acordo com ele, os mecanismos de fomento possibilitam não apenas a publicação dos 22 livros lançados no evento, mas também centenas de outros projetos.

“Fizemos um levantamento, recentemente, com dados dos editais e da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), e temos hoje mais de mil projetos em andamento por meio da Secult. Quando chegamos, em 2019, eram 330 por ano. Os editais do Funcultura já estão em seu 13º ciclo. Algo para além de governos. Nós estamos aqui neste momento, daqui a pouco estarão outros, mas a política pública permanece, amadurece, ganha estrutura, amplia seu alcance”, pontuou.

O evento contou ainda com a presença da primeira-dama do Estado, Maria Virgínia Casagrande; do secretário de Estado do Turismo, Weverson Valcker Meireles; da subsecretária de Estado de Políticas Culturais, Carolina Ruas Palomares; do subsecretário de Estado de Gestão Administrativa, Joemar Bruno F. Zagoto; da subsecretaria de Estado de Fomento e Incentivo à Cultura, Maria Thereza Bosi de Magalhães; e da deputada estadual Iriny Lopes, que preside a Comissão de Cultura e Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

 

Membros do Conselho Estadual de Cultura:

Presidente

Fabricio Noronha Fernandes

 

Câmara de Artes Cênicas

Titular: Maria Verônica do Nascimento Gomes

1º suplente Nilcélia Prates Figueiredo de Souza

2º suplente: Martha Almeida Rocha

 

Câmara de Artes Musicais

Titular: Eloá Abgail Oliveira Eler

1º suplente: Aline Almeida Hrasko

2º suplente: Daniel Gonçalves Morelo

 

Câmara de Audiovisual

Titular: Leandra Carla Moreira dos Santos

1º suplente: Lucas Guimarães Blunk Schuina

2º suplente: Irineu Cruzeiro Neto:

 

Câmara de Artes Visuais

Titular: Cristina Souza Bastos

Suplente: Bianca Maria Fonseca Romano Modenesi Pereira

 

Câmara de Literatura e Biblioteca

Titular: Álvaro José dos Santos Silva

Suplente: José Roberto Santos Neves

 

Câmara de Bens Imateriais

Titular: Victor Bastos Faria

1º suplente: Jocelino da Conceição Silva Júnior

2º suplente: Geovan João Alves da Silva

 

Câmara de Patrimônio Arquitetônico, Bens Móveis e Acervos

Titular: Henrique Antônio Valadares Costa

1º suplente: Daniela Coutinho Bissoli

2º suplente: Júlia Pela Meneghel

 

Câmara de Patrimônio Ecológico, Natural e Paisagístico

Titular: Sebastião Ribeiro Filho

1º suplente: Cloves Mendes Neto

2º suplente: Alessandro Montenegro Bayer

 

Região Metropolitana da Grande Vitória

Titular: Rita Santos da Rocha:

Suplente: Vitor Taveira Rocha

 

Região Centro-Norte

Titular: Bruno Figueira Ramos

1º suplente: João Pedro Chaves Fuzari

2º suplente: Élio José dos Santos

 

Região Sul

Titular: Fernanda Maria Merchid Martins

1º suplente: Luciana de Souza

2º suplente: Rodrigo Campos Assunção

 

Região Caparaó

Titular: Carlos Ola

1º suplente: Rosimar Silva Domingos

2º suplente: Cláudia Prado Pedral Sampaio

 

Região Serrana

Titular: Darci Surlo dos Santos

1º suplente: Maria Olívia da Silva Gonçalves Gaiba

2º suplente: Igo da Silva Christ

 

Procuradoria-Geral do Estado (PGE)

Titular: Patrícia Cristine Viana David

Suplente: Gustavo Sipolatti

 

Secretaria da Educação (Sedu)

Titular: Fernanda Maia Lyrio

Suplente: Claudia Botelho

 

Secretaria do Turismo (Setur)

Titular: Weverson Valcker Meireles

Suplente: Fernando Castro Rocha

 

Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb)

Titular: Vivian Vervloet

Suplente: Anelise Alvim Esteves

 

Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema)

Titular: Chander Rian de Castro Freitas

Suplente: Anna Cláudia Aparecida de Alcântara Tristão

 

Livros lançados:

Flores Inventadas, de Andréia Penha Delmaschio

Memórias de Minhas Carnes – O Corpo de Carmem e o Corpo de Qualquer Mulher, de Camila Dalvi
Poeira dos Olhos, de Carlos Fonseca
O Guardião do Rio, de Carlos Francisco Ola
Escrevivências – Cartas a Conceição Evaristo, do Grupo Nísia para Autonomia de Mulheres Periféricas (Representante: Daniela Barreto Andolphi)
Cantiga de Mestre e Abismo: Romance Lato Sensu, de Eduardo Madeira
Educação e Cidade: Diálogos Possíveis para Explorar a Temática Afro-brasileira na EJA, de Erica Renata Vilela de Morais

Na Volta a Gente Esquece, de Fabiana Pedroni Favoreto
Aprígio Lyrio [1975] – Ensaios de Música, de Fabricio Fernandes
Ah, Não, Plutão, de Gabriel Bourguignon Vogas
O Jardim da Helena – Animais Vol.1, de Gabriel Medeiros de Queiroz
Ous Luur, Ous Land: Pomeranos nos Pontões Capixabas, de Helmar Spamer
Topa Aceitar o Seu Destino?, de Juliana Alves Martins
Guia Anônima, de Junia Claudia Santana de Mattos Zaidan
Com Quantas Mulheres se Escreve Uma História?, de Leonardo Nascimento Bourguinon
Conde Trápula: Uma Vítima da TV em Cores, de Marcio Miranda Moraes
Cariacica: Assim se Constrói Uma Cultura (1948-2018) – 70 Anos de História de Atos Legislativos e o Movimento Cultural na Memória de Um Artista, de Marcos Prado Rabelo
Autoridades Coloniais e o Controle dos Escravos: Capitania do Espírito Santo, de Thiara Bernardo
Mudando de Conversa com Papo Furado, de Wagner Silva Gomes
1º Concurso Literário em Castelo, de Maria Lília Astori Zanuncio
Prêmio Café de Poesia (compilação), organizado pela Editora Cousa
Feminismo Ideal e Sadio, de Livia de Azevedo Silveira Rangel

Fonte:GovernodoES