Crea-ES emite nota de repúdio após engenheira ser brutalmente agredida na Serra

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) se manifestou com veemência contra o ato de violência sofrido por uma engenheira ambiental, de 44 anos, no bairro Parque das Gaivotas, em Nova Almeida, na Serra. A agressão, classificada pelo órgão como “covarde e inaceitável”, foi cometida dentro da residência da vítima e resultou em fraturas no braço e nas costelas.
Por meio do Programa Mulher, o Crea-ES emitiu nota pública condenando o crime e reforçando seu compromisso com o enfrentamento à violência contra mulheres, especialmente no ambiente profissional e social da engenharia. A coordenadora do programa, engenheira civil Ariana Alves, assinou o texto em nome da instituição.
“Trata-se de um crime que atinge não apenas a profissional diretamente envolvida, mas toda a sociedade e, especialmente, as mulheres que enfrentam cotidianamente situações de desrespeito e opressão. Nenhuma forma de agressão será silenciada ou normalizada”, diz a nota.
A nota destaca ainda que o presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva, determinou o apoio jurídico integral à engenheira, além da oferta de acolhimento médico e psicológico, com o objetivo de garantir assistência à recuperação da vítima e apoiar a busca por justiça.
“A luta contra a violência, o desrespeito e todas as formas de agressão dirigidas às mulheres é permanente e inegociável. O Crea-ES seguirá mobilizado na defesa da equidade de gênero, do respeito às profissionais da engenharia e da construção de um ambiente seguro e digno para todas as mulheres”, reforça o documento.
Entenda o caso
A engenheira foi agredida pelo companheiro, que ainda não foi localizado pela polícia. Segundo a vítima, as agressões aconteceram ao longo de dois dias e foram motivadas por ciúmes relacionados ao novo emprego que ela havia conseguido. Ela também relatou ter sido ameaçada de morte.
Devido à gravidade dos ferimentos, a vítima foi transferida para o Hospital Estadual Jayme Santos Neves após atendimento inicial em uma unidade de pronto atendimento. Moradores da região relataram que não a viam desde o domingo (15), e imagens de câmeras de segurança podem contribuir com a investigação.
A Polícia Civil informou que o caso está sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e, até o momento, ninguém foi preso. O suspeito, natural da Bahia, continua foragido.

Moderação e Revisão de Conteúdo Geral. Distribuição do conteúdo para grupos segmentados no WhatsApp.