Oficina de circo: uma experiência que alimenta a criatividade e a sensibilidade
Que o circo é um lugar mágico é inegável. Para o grande público, é um lugar que só de ouvir o nome é capaz de ativar as melhores lembranças da infância, fazer sentir o cheiro da pipoca no ar ou até mesmo ouvir a voz do “respeitável público”. Mas, “o circo pode ser muito mais que isso para crianças e adolescentes”, afirma o oficineiro do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Nova Palestina, Wanderson Teixeira.
Ele fala com a propriedade de um acrobata profissional e com a emoção de quem conheceu a arte circense em 2006, quando ainda era adolescente e frequentava os grupos e as oficinas naquele espaço. Hoje, retornou ao SCFV como oficineiro social, responsável pelas oficinas de circo ofertadas para crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos de idade.
“Meu primeiro contato foi aqui, no SCFV. Durante seis meses participei das oficinas de circo, mas tive que parar porque atingi o limite de idade para frequentar”, contou ele. Tempo suficiente para encantá-lo e fazer com que a arte circense se tornasse seu projeto de vida.
“Levei o circo para minha vida. O circo se tornou minha profissão. Tudo que faço está ligado ao circo”, disse Wanderson. No currículo está atuação em grandes circos nacionais, como o famoso Circo Marcos Frota, e aparições em programas de televisão, como o Astros exibido pelo SBT.
Ao ser questionado sobre qual a sua expectativa com os ensinamentos da arte circense para crianças e adolescentes do SCFV, Wanderson enumerou vários. “Convivência, fortalecimento dos vínculos, coordenação motora, atenção, foco, agilidade no pensar, memória, senso de percepção, desenvolvimento corporal e flexibilidade. A arte circense pode contribuir muito para o crescimento, desenvolvimento e até na educação de nossas crianças e adolescentes’, falou.
Oportunidade
Wanderson disse acreditar que esta também é uma oportunidade para que as crianças e adolescentes deixem aflorar seus talentos, despertem interesse por novos conhecimentos, se abram para outras possibilidades e novas descobertas. “A partir das habilidades podemos auxiliar no direcionamento para as áreas de interesse deles. Desta forma, estamos contribuindo para que essas crianças e adolescentes se fortaleçam, ganhem confiança e isso reflita no fortalecimento dos vínculos familiares”, comentou.
Habilidade que a Rayssa Vitória, de 11 anos, disse querer desenvolver. “Amo fazer o trampolim, rolo, perna de pau, saltos, cama elástica”, contou ela. Quis saber se ela já havia pensando em se tornar profissional, e ela garantiu que sim. Quando perguntei o que mais a encantava no circo, Rayssa revelou que “nunca estive num circo. Nunca fui. Sonho um dia ir”.
Já a colega Yasmim Ferreira, 14, disse que gosta da adrenalina despertada na execução do que chamou de manobras do circo. “Não quero como profissão trabalhar no circo. Não penso isso, mas gosto da sensação quando faço os exercícios. Me sinto alegre e, também, que fiz uma atividade física”, comentou a adolescente.
Para a coordenadora do Centro de Convivência, Sonia Maria Neves, a oficina de circo é um lugar mágico. Ela faz questão de registrar que é suspeita de falar, pois ama a arte circense. “A oficina de circo tem feito diferença na vida de nossas crianças e adolescentes do SCFV de Nova Palestina. Aqui, temos a 3° geração que fez atividades de circo, com isso foi criando o fortalecimento de vínculo entre as famílias, a comunidade e o SCFV que acabam tendo isso como interesse em comum”, conta. A coordenadora acrescentou que o circo tornou-se uma referência dentre as oficinas ofertadas no espaço. “Ofertamos outras atividades, trazendo mais diversidade para nossos atendidos”, reforçou.
A gerente de SCFV, da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas), Cristina Silva, explicou que o objetivo da oficina é a complementaridade aos grupos reflexivos perpassando os eixos norteadores, e, desta forma, estabelecendo uma ponte da arte e da cultura com a comunidade e territórios. “É uma oficina que nasce com uma potência de motivar as crianças e adolescentes a viverem a arte e a cultura da melhor forma”, destacou ela.
A secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, disse que é indiscutível o potencial existente entre os usuários dos SCFV. “A diversidade na oferta de atividades é uma forma de contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Os trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (Suas) Vitória sabem do nosso compromisso para a proteção social do futuro dessa cidade”.
Fonte: Prefeitura de Vitória
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