Torta Capixaba Pode Inspirar Nova Rota Turística no Espírito Santo
Nos 16 municípios litorâneos, os visitantes poderão se deliciar com a famosa Torta Capixaba, feita à base de bacalhau, palmito e frutos do mar
Do litoral ao interior, o Espírito Santo pode ganhar a rota turística da Torta Capixaba, que está em tramitação na Assembleia Legislativa (Ales). O Projeto de Lei (PL) 231/2024 visa estimular o desenvolvimento das atividades turísticas em 16 municípios.
Os turistas poderão embarcar em uma viagem onde a gastronomia à base de frutos do mar é a estrela do cardápio. Nestes locais, poderão se deliciar com a famosa Torta Capixaba, feita à base de bacalhau, palmito e frutos do mar.
O Projeto de Lei (PL) 231/2024, de autoria de Janete de Sá (PSB), justifica que “a Torta Capixaba é um prato tão presente na história do Estado do Espírito Santo que até Pero Vaz de Caminha comentou em suas cartas sobre o hábito dos índios de comerem uma mistura de frutos do mar com palmito”.
“A Torta Capixaba é uma tradição do povo espírito-santense que se perpetua de mãe para filho até os dias atuais, fomentando o turismo em todas as suas formas e promovendo o empreendedorismo litorâneo”, defende a autora.
História da torta capixaba
O prato tem influências portuguesa, indígena e africana. O prato, originalmente ligado aos indígenas, surgiu no litoral do estado. A receita original reúne peixe, siri, caranguejo, camarão e palmito. Foram adicionados os ovos, as azeitonas, a cebola e o bacalhau, resultando na Torta Capixaba como conhecemos hoje.
O prato concentra a história do Espírito Santo por trazer as características de diversos grupos que ajudaram a construir a cultura capixaba, desde a confecção da panela de barro até a refeição compartilhada em família.
O prato capixaba tem, inclusive, seu próprio festival, que acontece durante a Semana Santa na Ilha das Caieiras, em Vitória. O Projeto (PL 191/2024) que tramita na Ales quer tornar o Festival da Torta Capixaba patrimônio cultural do Espírito Santo.
Tramitação
A proposição passará por análise nas seguintes comissões: Justiça, Cultura, Turismo e Finanças. Se o PL for aprovado e virar lei, a nova legislação começará a valer a partir de sua publicação no Diário Oficial.
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